Em Maio de 2001, a 54ª Assembléia Mundial de Saúde aprovou o novo sistema de classificação com a designação de International Classification of Functioning, Disabilities and Health, visando a sua utilização nos diferentes países membros. Na sua versão oficial para a língua portuguesa, aprovada pela OMS, ela intitula-se CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
A “CIF” é uma denominação que pertence família das classificações internacionais desenvolvida pela OMS para aplicação em vários aspectos da saúde. Ela define os componentes da saúde e alguns componentes do bem-estar relacionados (tais como educação e trabalho), os domínios são descritos com base na perspectiva do corpo, do indivíduo e da sociedade em duas categorias: Funções e Estruturas do Corpo, e Atividades e Participação.
Segundo a fisioterapeuta e doutora em reabilitação Miram Delboni, um dos pontos mais importantes da CIF é a sua abragência, “ela surgiu numa construção coletiva de vários grupos de trabalho dentro da OMS com a ideia de ampliar sua discussão, pra atingir multidimensionalidade que não foque apenas no ocidente, e sim no mundo inteiro”.
Mauro Félix, fisioterapeuta e antropólogo social ainda alerta sobre a importância dessa multidimensionalidade quando se trata da área da saúde: “Hoje nós temos basicamente os dados de três profissões da área da saúde: medicina, enfermagem e odontologia. Não temos dados que dêem visibilidade para a necessidade de Terapia Ocupacional e Fisioterapia, e a COVID-19 nos mostrou a importância dessas profissões. Após a pandemia vamos precisar como nunca do serviço dessas profissões, porém, sem os dados não temos como mensurar isso.” finaliza.
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